quarta-feira, 30 de março de 2016

sensações sensoriais



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  um toque de celular. um gosto amargo na boca. um sabor de derrota com requintes de fracasso. efeito das situações consideradas irreversíveis. produtos da imaturidade, irresponsabilidade e rebeldia para com a morte súbita. consolo. tentativas frustradas de encontrar a felicidade caminhando para o lado oposto. dor aguda na cabeça. consequência da pressão interna. arterial, cartesiana e dilacerante. um embrulho no estômago. sem laço bonito. fruto do medo daquilo que existe depois da linha. pernas bambas. por falta de traquejo social e motor. começar do zero. para depois se arrepender e começar do zero.






domingo, 27 de março de 2016

0 dia mal amanhece








o vigor dos versos
vem
da ênfase dada
à captura
de uma sensação
efêmera
no peito por onde
se vertia
em transbordo cristais
afastava os
Seixos
de margens cortantes
 Surreais
no corpo Mestre
languidamente
querendo beber do
Oásis Imenso
 em que se perdeu



amigos, estou em luto
meu irmão querido faleceu
de infarto fulminante..

estou sem meu porto-seguro, 
totalmente descompensada
não sei quando volto à mim.

abraços longos pois a vida é tão curta!



domingo, 13 de março de 2016

sexta-feira, 11 de março de 2016

um sentir que é entre o sentir







  sabia também calar-se para não se perder em palavras, observava a chuva que de tão fina, é  arrastada pelo vento, antes de tombar ao chão. acreditava que a capacidade de sofrer era a medida de grandeza de uma pessoa e que isso acalmava seu coração .
voa o tempo.   molha-se o vento. anseia a terra. a inevitabilidade da incompletude. a necessidade da complementação. enfim, a melancolia  era tão forte que se amparava no próprio desamparo....






segunda-feira, 7 de março de 2016

batidas na porta da frente


Foto




desejou morar naquela tarde
porém vivia apenas por dias
claridade não tarda
sonha com noites






sexta-feira, 4 de março de 2016

nada mais agudo do que andar em círculos







existem dias, em que penso que o melhor é navegar à vista. valorizar o nosso porto seguro. porque podemos sempre lá voltar. sem sobressaltos pois o caminho para o centro não é reto nem é longo nem é algo que se ensine. o caminho para o centro é deslize, é tropeço, é não se dar conta de como se chegou lá. o caminho para o centro passa por onde o chão desaparece sob os pés. existem dias em que só penso em ir.
perder-me. Irremediavelmente, na emoção de me sentir viva!







terça-feira, 1 de março de 2016

rodopiando impávida galáxia afora....










entrelaçado,
 rente à minha pele está o
(uni)verso
 é um grito que
espera ser encontrado.

 na tua mão está o meu desejo
encontra-me