terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Vamos lá fazer o que será...


jess







A chama que
inspira
todos os afetos.
A combustão que
alimenta
os desejos.
Aquece-me
o corpo e a alma,
numa alternância perfeita.
Queimando as
ausências,
inspirando os sentidos!




[é bom por vezes imaginar 
ou mesmo sonhar com algo de extraordinário, 
só isso nos dá já alguma experiência 
de quando na realidade venha a acontecer]




'feliz ano novo'





segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Ao longe, avistou a calma







na melodia das pedras
tatuou as  lágrimas
em moldes de borboleta
para que a tristeza cante
e se liberte
da mágoa
sozinha,
no pólen da alma
 inventou a poesia da pele
(andarilha do amante)
em suspiros do tempo-d’água
 se levanta o sol.








domingo, 29 de dezembro de 2013

Um silêncio antigo


lou





exprimes em tuas palavras o que há de mais belo nos desejos e nas sensações do corpo.  deixa então,  sua mão na minha mão antes do assombro da saudade explícita.    um dia descobriremos que duas peles não têm a mesma textura nem os encontros a mesma doçura.   na fuga para dentro de nós mesmos percorremos séculos de ciência amorosa via láctea de afagos,  espiral de desejos,  paixão que se alonga ardente e sinuosa.por hora, o pensamento ganha geometria é nas pontas dos dedos...










sábado, 28 de dezembro de 2013

renovo meu voto por aquilo que não tem escolha


kesler tran




há um vento que eu saboreio  a vida inteira, ele limpa meus olhos mesmo sem haver poeira à vista. No seio de calmarias ouço seu sopro, seu sussurro e ele embala mansinho meu coração em suspenso. Assim, deixei-me crer que os mil descaminhos me trouxeram a salvo, que as esperas insanas foram indispensáveis para o timing perfeito.  0 coração fareja paraísos se abrindo aos quatro ventos. milagres de verdade têm efeitos retroativos... 




sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

0 que mais aquece o coração


kesler tran







quando a vida
se torna demasiadamente monótona,
há que ter uma bocado
de ternura.










[... coisa que depois de muito tempo
a gente possa olhar e sorrir,
mesmo sem saber por quê. ...]




quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Detalhe inevitável: a mágica apaga a memória.








Ela gosta de devaneios. Levitar no infinito, entre o nada e a eternidade, assim, sua alma está conectada a todas as outras entidades do Universo, as infinitamente grandes e as  pequeninas também.  O processo é este: jogar uma moeda no poço da  memória prestando atenção nos sons e ecos à medida que ela ricocheteia ao despencar silêncio adentro. Lembrar dos desejos  com detalhes [é assim, ou pelo menos era pra ser]. Ela quer tanto algo enternecedor e as memórias com toda a sua beleza lhe crava um enigma no peito, no jeito, nos gestos. Porém, pode estar enganada. Pode estar sendo enganada. Pode ser o inverso: seu avesso se lança aqui fora e engole as moedas, as rumina, saboreia, e joga de volta sons de deleite. Ela precisa ver estrelas no céu da boca, sambar devagarzinho ou então achar cinquentão no bolso. Ela precisa de surpresa !





domingo, 22 de dezembro de 2013

No templo dos teus sentidos...







'que sejas consolado
na simetria secreta
da tua alma.
que sintas cada dia
como uma dádiva sagrada
tecida em torno do
cerne do assombro.

que a chuva caía de mansinho
em seus campos

e, até que
nos encontremos de novo

que os Deuses lhe
guardem na palma de
Suas mãos.
que despertes para o
mistério de estar aqui
e compreendas a
silenciosa imensidão
da tua presença.'




[estamos todos interligados 
e  de alguma forma 
para a evolução 
de um 
precisa-se da evolução de todos ]






Feliz Natal!









'que se
desatem os nós
e fiquem
os laços'



sábado, 21 de dezembro de 2013

Hora de você







Há várias maneiras possíveis de se fazer a mesma coisa, se todo mundo começar a discutir para ver qual seria a melhor, então vai acabar que se escolherá a pior de todas, que é o tempo passar e nada ser feito [a gerente de sorriso forçado dizia]. Ela, sonolenta queria  fechar os olhos  e acordar bem longe dali, apertando um corpo forte para que incidente algum lhe tirasse de perto desta paz imaginária. Poderia também escolher  cair  no seu colo, quente e caloroso, durante uma risada boba descosturando no teu rosto a pergunta de como foi seu dia [agarrando-a e lhe jogando na cama, impedindo que terminasse o que estivesse dizendo, só para lhe beijar sem pressa]. Ela mostraria a língua para o relógio, feito provocação de criança mesmo, gabando-se porque tem alguém para lhe deixar mole enquanto a maioria esta dando duro naquele exato momento. E ele, amoroso como nunca viu, não querendo saber do jornal nacional, das contas do mês, do carro sem gasolina. Tampouco da correria do relógio, da tempestade que vem vindo ou dos problemas da esquina. Só querendo saber dela, desde que seja assim  na sua cama...



'...em que o seu HoHoHo
seja repleto de
HaHaHa'







                               

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

E aqui só vírgulas restauram o fôlego....








0 horóscopo diz "às vezes é bom ficar apenas assistindo aos malabarismos da mente. como se fossem o tráfego numa estrada, ou ondulações na superfície de um lago . Alguma coisa maravilhosa pode estar  despontando no horizonte, e  assim você tem exatamente a qualidade da inocência feliz e da lucidez, para recepcioná-la de braços abertos". Acho que – às vezes –a gente tenta ir mais fundo a cada mergulho só pra aumentar aquela sensação de alívio ao voltar à superfície....







quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

líquida, provoca a sede


kesler tran







As ondas continuaram a quebrar na praia com a brisa do oceano, chegando a cobrir seus tornozelos.  enxugou os olhos, seus dedos estavam úmidos com as lágrimas, mal conseguia disfarçar. sentia que memória é água profunda, com correntes estranhas que te trazem de volta o que andava no fundo e te jogam na praia náufragos pálidos, sobreviventes que mesmo com as cores lavadas mantêm sua força, seu viço, seu gosto. 0 que os olhos não vêem teu coração vai rever com os mesmos olhos, quer queira, quer não....




quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Nos ares certos do tempo...





  e em noite de
lua cheia
ela
delirava
com
o
corpo dele
em pele
depois
 lotada de
 leveza
 visitava seus
      poros












0 meu amor
 é tudo que, 
morrendo,
não morre todo, 
e fica no ar, parado.
Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Estas reviravoltas não são raras....







Nas frestas da cidade pairam estórias em aberto, o mel grosso de mil vidas embebendo os poros da esponja imensa. Na varanda, não sei bem a propósito de quê, pus-me a rir de mim mesma. Devia estar no ultimo instante de lucidez, preparando-me para o Dostoiévski - Noites Brancas [já não sei]. Sei que olhei para o céu, pensei que estava fabuloso, com aquelas nuvens em fundo azul que só acontecem à noite, e depois pensei: pensei o quê? Não me lembro. Vivo uma vida isenta de pensamentos dignos de memória.  Acontece que agora não corro para nada, não insisto, não me faço acontecer. Fico o quanto me apetece e depois vou, sem saber se volto, pensando nisso depois, mais tarde, noutro lado qualquer...
O mundo é uma brecha, um esplendor, um redemoinho.




domingo, 15 de dezembro de 2013

Ao desejo que inunda sem aviso prévio


Morfologia da saudade…










 hieroglífica meu corpo . sinto-me  mulher de corpo inteiro. a mão calejada percorre trilhos sinuosos e incandescentes [vulcão a despertar nas letras com que se desenham os contornos da paixão]. um rugido me causa. semi-cerrados os olhos, ofegante ansiedade, entre-abertas as pernas para que o olhar seja apenas o passaporte para um voo .revejo-o em meus sonhos. espelho de ilusões que o tempo não esmagou. alimentou a alma com o compasso do teu respirar...






Quarto Crescente








dizem que o tempo é o nosso pior inimigo.

Não sei.

às vezes, é um bom conselheiro.


quando se dissipa o nevoeiro,  alguma coisa dourada fica, não é?














Tempo sem amor
e sem demora
Que de mim me despe
pelos caminhos fora.

Tempo- Livro sexto 
Sophia de Mello Breyner Andersen




sábado, 14 de dezembro de 2013

Antes que o sol se levante











quando abres a tua janela
e despe teus braços
perco a vaidade
e a pressa
sinto dentro de mim
o tempo a criar desejos
para te beber altiva e plena
e em silêncio abri,
(sem saber que abria)
uma noite úmida
em combustão secreta
desmaiada no teu ombro
de hefesto.






'...mas, precisamente, essa vida é apenas uma mistura
de algo puramente fantástico, de um ideal fervoroso,
e ao mesmo tempo, apesar disso -
e infelizmente, querida Nástienhka -, 
de uma obscura rotina e de habitual monotonia,
para não chamar-lhe vulgar, 
vulgar até o desespero.'

Noites Brancas, Fiódor Dostoiévsk.












[os gregos antigos acreditavam 
que as erupções vulcânicas eram 
causadas por este deus, 
que forjava no interior das montanhas]


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Saiba que tudo é possível, mas saiba também que nem tudo é desejável...


gerda marie mare









Há situações que não podem ser entendidas através da lógica, e seria melhor nem tentar fazer isso. Acho que para conseguir duração no amor, é preciso fazer um pacto com nossos amados, porque não adianta um só alimentar e proteger o fogo. Mais que isso, devemos compreender que, de vez em quando, outras pessoas se aproximam, ocupando espaço nas nossas relações. São os eventuais flertes, casos, infidelidades. Nesta hora, o ciúme arde, mas o amor deve arder um pouco mais no seu núcleo do que na sua periferia. Às vezes é preciso aceitar o que pareceria ser inaceitável, nem que seja para experimentar aonde isso levaria. Defender-se o tempo inteiro contra supostas ameaças acaba em que a alma não percebe mais o jogo em que está inserida  e, se for amor mesmo, os´visitantes´ naturalmente vão embora, ou se for necessário porque não sentar-se no meio dos dois como fez Michelle Obama??


quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Simétrica visão





Como se fosse na palavra
a rosa brava acontecia
E era Dezembro que floria
Era um vulcão
E no teu corpo a flor e a lava
E era na lava a rosa e a palavra
Todo o tempo num só tempo:
nascimento de poesia

Manuel Alegre





                                                 
                                     A essa hora dos mágicos cansaços,
 quando a noite de mansinho se avizinha
 penso  no dia em que chegarás. 
 Em que serás ponto de apoio, 
serás chão de quem vive a rasgar o ar,
 de quem sabe o que é o frio 
a percorrer o corpo.
 E serás imune a isso, 
a essa certeza de 
que estás de pé, 
ao voto de confiança. 
E me prenderás toda nos
 teus braços...           

Com a sua dupla fome




Quando o homem
entra na mulher,
como a onda batendo contra a costa,
de novo e de novo,
e a mulher abre a boca com prazer
e os seus dentes brilham
como o alfabeto,
Logos aparece ordenhando uma estrela,


E o homem
dentro da mulher
ata um nó
de modo que nunca
possam voltar a separar-se


E a mulher
sobe a uma flor
e engole o seu caule
e Logos aparece
e solta seus rios.



Este homem,
esta mulher,
com a sua dupla fome,
tentaram atravessar
a cortina de Deus,
e por um instante conseguiram,
ainda que Deus
na Sua perversidade
desate o nó.


Anne Sexton




* Logos (em grego λόγος, palavra), 
significava inicialmente 
a palavra escrita ou falada—o Verbo

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Para o que tenho que ser...(deixo-me ir e vir)


jess


  Alguém me disse outro dia que quem se apaixona  o olho reluz, a pele melhora, o corpo reage, o coração bate feliz. Que gostar é mandar, achar que manda, obedecer, fingir que obedece [eu também ri].  E se ao menos fosse o fundo dos teus olhos, o lado de dentro das tuas mãos, a respiração suspensa dos teus lábios?   Mas não. É um abstrato fogo quieto, lento e macio. Um lastro de navio a romper o mar. É quase o teu peito aberto nos meus dedos. Um desejo à espera de um nome. Uma vela desfraldada no meu ventre. Uma ciranda de longe, à tua espera. Bolas de gude coloridas soltas na chuva. Uma tempestade de quereres...






Para florescer









caiam em
abundância
lágrimas do céu,
descia pelo meu rosto
velozmente,
pendia na borda da
face...





(ploft!)




fez-se poça,
criou-se o mar,
de Deus em mim, a dor fez-se blue.










terça-feira, 10 de dezembro de 2013

"A hora de Clarice"


kesler tran





" De repente ela não suportou mais e telefonou para ele:
_ Que é que eu faço, é de noite e eu estou viva. Estar viva está me matando
aos poucos, e eu estou toda alerta no escuro.
Houve uma pausa, ela chegou a pensar que ele não ouvira.


Então, ele disse com
voz calma e apaziguante:

_ AGUENTE!"



Feliz dia Teu -Clarice Lispector -
        






[adorável cabeça de brisa
e corpo inquieto
minha fonte de
ins(piração)]


[mais comemorações aqui]

Manifesto em uma linguagem clara


“There is for me an evidence in the realm of pure flesh which has nothing to do with the evidence of reason. The eternal conflict between reason and the heart is decided in my very flesh …”
Antonin Artaud, Manifesto In A Clear Language






não existe um motivo sólido 
no reino do querer. 
não tem nada a ver com a 
evidência da razão.
 o eterno conflito entre a 
razão e o coração é 
decidido em sua
 própria carne ... 















'E ousaram a aventura 
mais incrível.
Viver  a inteireza do
 possível.'

Sophia  B. Andresen




segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

É como o reflexo de uma estrela








acaricio apaixonada as chamas que me envolvem
combustão tomando lugar em uma zona estreita

e cuido a cada dia
que minhas brasas sigam vivas

não é hora de perguntas


[talvez um fogo  quente o bastante
para ionizar os componentes gasosos
onde meu solo se esconde]

 e o coração então, se lança em chamas sem saber
 se alcança o trapézio fugidio




devo estar perto da fonte














[mas ainda
 posso ser
o que você
esta pensando]

domingo, 8 de dezembro de 2013

Sejam longos os suspiros para a supressão do desejo












a ins(piração)
persistente
sondando cada segundo alheado

sempre
mesclando-me os versos
confundindo e marcando os meus passos

iluminando
sem prejuízo da sombra

– a luz nos lugares certos
e a presença em sopro
leve e quente
onde se escondem
as fúrias


a quem em
oportunidades místicas
alguém, se não eu
[e eu de mãos tão imprecisas],
extraiu as cordas –

a luz
nas mãos que se dão










sábado, 7 de dezembro de 2013

0s sonhadores constroem o mundo...os outros 0 copiam







      Eu vou dar uma ideia para uma brincadeira inocente. São poucas as diversões que não carregam culpa. 'Quando você sair de manhã para passear, certo de que irá caminhar a esmo, encha o seu bolso de pequenas coisas divertidas - leve um  palhaço sem graça preso a um fio, um ferreiro batendo a bigorna e um cavaleiro com seu  cavalo de rabo sonoro - e, diante das tabernas, ou sob as árvores, presenteie as crianças desconhecidas e pobres que encontrar. Você verá seus olhos se encantarem... Inicialmente, elas não irão aceitar, duvidando  da própria felicidade, para, em seguida, pegarem os presentes e fugirem como os gatos que, desconfiados dos homens, observam de longe enquanto comem os restos de alimentos recebidos.'

(trecho - Brinquedo de pobre -adaptado)








[a vida escorrega 
entre os dedos, 
se não a vivermos...
 me leve de volta
ao começo]





quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Ah, quem sou eu quando o sol se põe no céu?




'renova-te.
renasce em ti mesmo.
multiplica os teus olhos,
para verem mais.
multiplica-se os teus braços
para semeares tudo.
destrói os olhos que
tiverem visto.
cria outros, para as visões novas.
destrói os braços que
tiverem semeado,
para se esquecerem de colher.
sê sempre o mesmo.
sempre outro.
mas sempre alto.
sempre longe.
e dentro de tudo.'

cecília meireles






[...dizem que se 
abrandarmos 
a nossa respiração, 
o tempo também abranda]

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Sus.piro




Meu bem,
talvez você possa compreender
 a minha solidão

O meu som, e a minha fúria
e essa pressa de viver

E esse jeito de deixar sempre
 de lado a certeza

E arriscar tudo de novo com paixão.

   Belchior





aceitas?


[sonhei que a alegria
estava disfarçada
de vinho tinto]




E seguir, sem desviar o olhar...










Nessas manhãs agitadas, olho à minha volta e vejo as pessoas, vejo as histórias que invento displicente para elas e penso que este é um momento que dispensa complicações, melhor que faço é atender exclusivamente as necessidades imediatas e deixar de lado as coisas que forem estranhas e que, por isso, tirariam minha atenção do que realmente importa. Aprecio a ideia de que -são as melhores coisas do mundo, as coisas que não se vêem-. As que passam despercebidas no radar de quem conta os dias. Aquelas que não se guardam em caixas, envelopes ou cofres. E no entanto, são as coisas que não se vêem que vale a pena guardar. Mas guardar no coração, nos sorrisos, na memória que nem sempre funciona bem, nas nossas caixas internas, as que temos sem saber e que nos arrumam a alma.  Sim. Confiar na vida, que é mistério, mas que não ameaça ninguém. O mistério da vida protege aqueles que têm planos que se afinem com seu mistério insondável. Por isso, se deve ler sinais e tentar perceber as sutilezas....



segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O senso comum é demasiado comum para ser senso






   Os desejos sublimes vêm me resgatar de um caminho  onde a minha alma só poderia se perder e nada além. Todo fim de tarde, me sorria leve querendo saber dos meus desacertos. Brotava tímida aquela sede de aprender a desacelerar o tempo e a andar tranquila no sentido contrário do mundo. Desacertar é um dom - pensava consigo.



e Ele, respondendo, disse-lhe:
 'Marta, Marta, estás ansiosa
e perturbada com muitas coisas.
Mas uma coisa só é necessária
e Maria escolheu a boa parte,
 que não lhe será tirada '.

em Lucas 10:38-42





domingo, 1 de dezembro de 2013

E tu espreitas para dentro da estrofe...









segreda-me a canção dos dias
sem que nos ouça a noite terrível
e deixa que dance em mim a voz,
a voz azul que é o lugar onde
o mundo não pára de nascer.

segreda-me o teu nome, agora,
e farei de nós o amor, a constelação,
o sonho de uma estação sem morte.

Vasco Gato













[mostre-me lentamente
aquilo de que eu
só conheço os limites]